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Crônica

  • stefanyornelas
  • 28 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens. O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.

Exemplo :


Um nó na garganta... Um grito...


Ouço a voz da violência; escuto o barulho de um tiro... vejo pessoas gritando... fica-me

o pensamento em agonia, pela aflição de imaginar: “Poderia eu ter sido atingida por uma

bala à procura de um destino”.

Na vida, tudo se pensa. Só não pensei que esse cenário dramático se armaria no meio

do sertão, numa cidadezinha de interior que, para a violência, vendeu suas tradições pacíficas,

a sua paz.

Porém, mesmo sendo atingida pela “globalização da violência”, a minha cidade, em alguns

aspectos, reage e consegue registrar em sua memória novos contos de amizade e

práticas tradicionais de “curtição” e entretenimento.

O estranho é que até os lugares destinados a festas e confraternizações têm se transformado

em palco de brigas e desassossego! E o que era “a graça de curtir a vida” virou

“curtir a desgraça”.

O nó na minha garganta é expressado nos versos: “Queria poder voar sem cair com um

tiro na asa, pois um pássaro só canta feliz sem a gaiola, e as pessoas só vivem felizes sem a

violência”.

O que me conforta é olhar em volta e sentir ainda algo preservado: famílias que convivem

em famílias; igrejas que ainda pregam o Cristo; clubes de diversão que divertem de

verdade; a natureza resistente que, embora contaminada, insiste em florescer.

E, por último, penso: “Como é viver aqui?” Não critico nem adulo... não odeio ou idolatro.

Quero apenas viver... viver feliz, mesmo com medo. Afinal, se nenhum lugar é perfeito,

fico por aqui... VIVO aqui...

 
 
 

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